Ou seja, "misturando imagens da própria vida, com características de filme-diário; imagens com encenação e improviso de atores; a imagens e sons de arquivo (filmando projeções de filmes diretamente do cinema e da televisão, usando narrações de rádio, músicas), aparecendo nas imagens, declamando poemas; Jairo Ferreira incorpora estes e outros elementos na construção do discurso do filme, que pode ser chamado de documentário em primeira pessoa, performático, experimental. Um filme de montagem, onde os signos e as significações são articulados na edição das imagens e sons, numa estética de colagem. Se existe algum tema principal no filme, este seria o próprio cinema, nunca tratado como mero entretenimento ou mercadoria, mas na sua condição e potencial como arte e poesia".